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Apresentação


O Brasil é o maior consumidor de agrotóxicos do mundo desde o ano de 2008. Em 2010, o mercado brasileiro correspondia a quase 1/5 (um quinto) do mercado mundial, em volume de vendas.  O país possui uma área cultivada de 50 milhões de hectares, o que representa somente 4% de toda área cultivada dos 20 maiores países agrícolas. No entanto, consome 20% de todos os agrotóxicos do mundo, sem considerar aqueles comercializados ilegalmente.

Utiliza mais de um bilhão de litros por safra, ou 20 litros por hectare plantado. Isso corresponde a um consumo de 5,2 litros per capita.

As culturas que mais utilizam venenos são as da soja, cana, milho e algodão.

O Paraná é o terceiro estado maior consumidor de agrotóxicos do país. As atividades agrícolas e pecuárias ocupam 78% das terras do estado, que se destaca na produção de milho, feijão, soja e trigo. Cerca de 64% das áreas cultivadas no estado são de estabelecimentos maiores de 100 hectares e o uso de agrotóxicos se dá em 80% das propriedades.

O modelo de agricultura química, aqui adotado, coloca para toda a sociedade, o ônus expresso pelas contaminações ambientais, intoxicações humanas agudas e crônicas e alterações deletérias dificilmente reversíveis nos ecossistemas.

Além dos agrotóxicos de uso agrícola, há uso disseminado de herbicidas nas áreas urbanas com a finalidade de capina química, de inseticidas para combate aos vetores, de agrotóxicos como preservantes de madeira e para desinsetização em ambientes domésticos, atividades que contribuem para a contaminação de praticamente toda a população.

Diversos agravos à saúde humana estão relacionados à exposição aos agrotóxicos: câncer, doenças neurológicas, hepáticas, renais, respiratórias, imunológicas, endócrinas, alterações mutagênicas, teratogênicas e genotóxicas.

Além dos males diretos ao ser humano, os agrotóxicos causam danos para diversas outras espécies, atentando diretamente contra sua preservação e indiretamente contra a saúde e vida humana, pela privação dos benefícios que podem ser obtidos pela simples existência, ou mesmo pela utilização de outros seres vivos, para a alimentação, a produção de medicamentos, a polinização, por exemplo.

Apesar do grande risco envolvido no uso dos agrotóxicos, não há um controle e monitoramento sistemáticos de seu uso e efeitos sobre a saúde da população paranaense. O Observatório pretende contribuir neste sentido, principalmente para o fortalecimento de uma vigilância popular que se aproprie do conhecimento e seja participante ativo nas políticas agrárias, de meio ambiente, de saúde e da soberania alimentar.

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